visualizações

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Um pouco sobre um grande clássico nacional: o PUMA GTB

PUMA GTB

No final de 1.971 a "Pequena Atrevida" como era conhecida a PUMA Veículos e Motores, balançou o mercado Brasileiro de Automóveis, começou a testar um novo protótipo desenhado por Rino Malzoni ele foi batizado inicialmente de P8, esta sigla acompanhou o PUMA GTB até 1979 no seu número de chassis este "novo" protótipo era conhecido na época como PUMA GTO ou PUMA Opala, na fase de testes o novo carro rodou mais de 50.000Km e com um motor CHEVROLET 6 cilindros em linha de 3.800cc, estava sendo aguardado pelos amantes da velocidade, não se tem notícias deste primero protótipo que provavelmente foi totalmente refeito, com o mesmo motor Chevrolet, porém com 4.100 cc.

O primeiro Protótipo do PUMA GTO nas dependências da PUMA Veículos e Motores.

O Protótipo PUMA GTO... O Sr. Careca é o RINO MALZONI, um dos Fundadores da PUMA.

O PUMA GTO sendo testado pela 4 Rodas.


Foi apresentado no Salão do Automóvel de 1.972 ainda com o nome de PUMA GTO (GTO: Gran Turismo Omologato - Sigla utilizada pela Pontiac e Ferrari para evitar problemas a PUMA mudou a sua sigla ), o novo modelo chamou muito a atenção do público que aprovou as linhas já definitivas do novo esportivo, tipicamente inspiradas nos esportivos americanos. Neste Salão do Automóvel a PUMA Veículos e Motores recebeu cerca de 300 encomendas para o novo modelo que só entrou em fabricação regular apenas em 1.974 já batizado de PUMA GTB (Gran Turismo Brasil), a sua produção inicial foi de 10 unidades/mês.

PUMA GTO Sendo apresentado no Salão de 1.972.


Celebridades como Emerson Fittipaldi estiveram presentes.


PUMA GTO, já exibindo as linhas laterais que são as linhas definitivas do PUMA GTB




Curiosamente, em maio de 1.974, foi desenhado um novo protótipo que seria a pick-up GTB inspirada na Chevrolet El Camino, no entanto, nunca foi construída em série e não se sabe também se um protótipo chegou a ser construído.



O PUMA GTB era um carro esporte imponente, exclusivo e caro, tinha fila de espera para compra, pois o governo militar estrangulava a entrada de carros importados um número ainda maior de pedidos foi feito e deste modo, ocorreu um fenômeno interessante: Os PUMAS GTB's já produzidos eram comercializados, no mercado de carros usados, a preços bem maiores que os praticados pelos Concessionários da marca, pois estas unidades não tinham lista de espera de mais de 1 ano, isso prova que o problema da PUMA Veículos e Motores não era de vender os seus carros mas produzi-los.

Catálogo PUMA ainda com a denominação GTO.


Verso Catálogo PUMA GTO

Curiosamente neste catálogo surge a opção do Motor 4 Cilindros do Opala, mas não se tem documentação de que algum GTO ou GTB com o motor 4 Cilindros.

PUMA GTB e GTE Expostos no Salão de Bruxelas.


PUMA GTB 1.974 Chassis P8-0001


A carroceria do PUMA GTB também era de e fibra-de-vidro, a construção do seu chassis era diferente do seu irmão menor, que inicialmente utilizava a plataforma do Karmman-Ghia, e após 1.976 da Brasília encurtadas em 20cm aproximadamente. O PUMA GTB inovava neste ponto com o eu chassis composto por travessas perimetrais, em forma retangular, utilizava a suspenção dianteira do Chevrolet Opala e traseira Feixe de molas da linha Dodge, este fato prejudicava muito a performance do GTB em curvas, tornado ele dinamicamente inferior comparado aos seus concorrentes de custo menor, com a frente bem longa e a traseira curta inspiradas nos famosos muscle cars americanos, e sus suas cores metálicas, como prateado e dourado, vidros verdes, bancos e volante esportivos faziam parte dos itens de série atraiam um público seleto.

2 Teste da Revista 4 Rodas em 1975 com Emerson Fittipaldi pilotando.


Catálogo de 1.975...


Interior...


Verso...


Detalhe da traseira com o logo como dos irmãos menores mas com a letra B... e a RARISSIMA lanterna usada no GTB até 1977 do Esportivo sueco SAAB SONET. Essas lanternas são Rarissimas. São encontradas somente nos EUA e Europa. Complicando a vida de quem quer restaurar um GTB desta época.

Depois das Exposições internacionais que a PUMA participou a empresa começou a utilizar em seus veículos o adesivo no vidro traseiro Made in Brazil 

Logo das Puminhas PUMA GT e o logo do PUMA GTB usado até 1.976.


Como o irmão menor, o PUMA GTB era ideal para duas pessoas, por se tratar de um Coupe 2+2 ( 2 Adultos 2 Crianças ) o espaço do banco traseiro podia ser utilizado apenas para pequenos percursos. O painel de instrumentos era bem completo, em comparação aos esportivos da época, incluía conta-giros, e termômetro e pressão do óleo. Vinha equipado com rodas exclusivas PUMA e os pneus Pirelli E70, com medidas inéditas no mercado nacional.

Visão da Linha de montagem do PUMA GTB em 1.977.



O desempenho do PUMA GTB não era muito superior aos do Opala, Dodge Dart e Charger da época. -- e estes eram mais baratos que ele. Aliás, o PUMA GTB só custava menos que o Ford Landau, carro nacional mais caro da época. Um ano depois de seu lançamento chegaria um sério concorrente para o PUMA GTB era o Maverick GT. A velocidade máxima do PUMA GTB era de 185,4 km/h conforme apurado no teste de 1977 feito pela Revista Auto Esporte km/h e fazia de 0 a 100 km/h em 12,5 segundos. As únicas mudanças sofridas até 1.979 último ano de produção, seriam na grade, conjunto de lanternas traseiras, a localização da placa traseira, emblemas e no motor, que passaria ao 250-S, com tuchos mecânicos em vez de hidráulicos e potência de 171 cv. 

Teste de 1.977 da Revista Auto Esporte.


1.978 PUMA 4.1 GTB


Exemplar de 1.978, um dos mais Originais do Brasil.


Motor 6 Cilindros 250-S de 171 cv. A Sua cor Original é Vermelho Marte "Laranja" Como os Camaro


Seu Painel era o mais completo dos esportivos da época...Velocimetro, Conta Giros, Pressão e Temperatura de óleo e Temperatura do Motor.


Bancos Exclusivos, porém o seu tecido era o mesmo do Opala.


Logotipo projetado em 1977, substituindo o modelo semelhante ao das Puminhas. Nova identidade 


Traseira do GTB 1978 e 1979 com as Lanternas de Alfa-Romeo Invertidas.



As linhas suaves do GTB Série 2 
A Segunda geração do PUMA GTB, foi lançada ainda em 1978, no salão do automóvel, agora denominado GTB/S2 (Série Dois). No entanto a PUMA manteve a geração anterior em produção até meados de 1979, totalizando aproximadamente 720 unidades do PUMA GTB. O PUMA GTB/S2 era praticamente um novo GTB, um carro que apresentava linhas mais limpas,, modernas, com frente mais baixa, lembrando muito o Dodge Challenger, utilizando o mesmo e motor Chevrolet 6 Cilindros em linha de 4.100cc o consagrado 250-S. Apresentava também na um acabamento mais requintado, com a utilização de bancos em couro, inovou na utilização de inéditos cintos auto-enroláveis (retráteis), além de ar-condicionado e vidros elétricos e com um maior espaço interno para seus ocupantes, porém o GTB/S2 continuava a ser um Coupe2+2, o seu banco traseiro continuava, pequeno sendo apenas utilizado para pequenos percursos. O novo PUMA GTB/S2 utlizava rodas de liga-leve produzidas em liga de antálio, de 7 polegadas utilizando Pneus BF-Goodrich Radial T/A 225/60R14 fabricados no Brasil. Sua construção era semelhante a geração anterior, a maior modificação foi em relação a alavanca do sistema de freio de mão que passou a ser no assoalho, como nos Opalas fabricados após 1979 diferente da geração anterior que era no painel. Mantendo a tradição da geração anterior o PUMA GTB/S2 levava na sua numeração de chassis o código P15 do seu protótipo.

1º Protótipo do PUMA GTB/S2.


1 Teste Revista 4 Rodas.


1 Teste Oficial da Revista 4 Rodas


Entre 1981 e 1.982 O PUMA GTB/S2 inovou novamente, sendo o primeiro carro nacional a utilizar rodas de Aro 15, com Pneus fornecidos pela Pirelli, na mesma época surgiu em alguns catálogos e tabelas de preços em revistas especializadas, outros modelos da linha GTB/S2 entre eles era o GTB/S3 que utilizaria o motor Chevrolet de 4 Cilindros de 2.500cc utilizando como combustível Álcool e também o GTB/S4 utilizando o motor Chevrolet de 6 Cilindros de 4.100cc 250-S turbinado, mas não se tem notícias se os dois modelos chegaram a ser realmente produzidos, porém já houve comprovação que o modelo existiu devido ao fato de existir vários PUMA com o logotipo GTB/S3, já o GTB/S4 nunca foi realmente documentada a sua existência.

Catalogo do PUMA GTB/S2


Verso


Ainda em meados dos anos 80 a Customização e personalização dos modelos era muito comum, com isso uma das Oficinas Autorizadas PUMA, denominada Fibrão, criou um Kit de personalização, para o PUMA GTB/S2, denominado Daytona. Este Kit era composto por Para-choques maiores, mais largos, Saia Dianteira, Alguns proprietários optavam por manter a grade, e os faróis redondos, mas o kit era composto também pela modificações das lanternas dianteiras sendo colocados os faróis da linha Gol e os Piscas, Saia lateral, Aerofolio, Maçanetas redondas do PUMA P-018, Na traseira a Placa foi deslocada para entre as lanternas, Lanternas do VW Santana. 
Um dos mais Famosos PUMA GTB/S2 com Kit Daytona foi de propriedade do Sr. Dimas Melo Pimenta, com ele o PUMA GTB/S2 se tornou um dos primeiros Funny Cars montados no Brasil, utilizando o motor Ford 302-V8 + Blower no seu Daytona a dianteira utilizava uma grade exclusiva e faróis e lanternas da linha Opala, Sendo assim o Kit Daytona não era Opcional e nem Item de Série disponibilizado pela Fábrica PUMA. 

Propaganda da época do Kit de Personalização


GTB/S2 com o Kit Daytona Feito pela empresa Fibrão.


PUMA GTB/S2 Daytona de Dimas Melo Pimenta Filho - DIMEP.


Famosa GTB/S2 Daytona em ação




GTB/S2 Daytona Exibindo seu motor Ford 302-V8 + Blower


Dimas se aprimorou... montou toda a mecânica deste GTB/S2 Daytona neste Funny Car que tinha a Bolha com o mesmo Design do seu GTB/S2.




O PUMA GTB/S2 Teve sua produção paralisada em fins de 1984, devido a falência da PUMA Indústria de Veículos, ano em que foram produzidos 56 GTB/S2, que na maioria foram enregues para quitar as dívidas com fornecedores que a PUMA tinha. No total estimas-se que foram produzidos 888 unidades do PUMA GTB/S2 em cinco anos de fabricação.

Porém em Março de 1.986 a PUMA Veículos e Motores mudou-se para Curitiba no Paraná, nas mãos do empresário Rubens Dabul Maluf , fundou a Araucária S/A que voltou a produzir aos GTB/S2 sob licença da PUMA Veículos e Motores, pagando 0,5% de royalties sobre cada carro produzido, na primeira fornada dos PUMA GTB/S2 Paranaenses, foram produzidos 22 carros a previsão era de 68 carros até o final de 1.986 este "novo" GTB/S2 foi lançado com o nome ASA, com o mesmo estilo consagrado, porém com algumas alterações estéticas como a utilização das maçanetas da ALFA ROMEO 2.300 espelhos do Ford DEL REY, porém seu desempenho não era superior ao dos esportivos da época o VW GOL GT 1.8 e GM Monza S/R, tanto na Aceleração quanto na velocidade máxima, por este motivo o dono de um GTB tinha que engolir um dos citados esportivos pedindo passagem nas estradas, e o GTB com o seu poderoso 6 Cilindros não poderia responder a altura, por dentro o "novo"GTB não tinha diferença quando comparado ao modelo de 1.984, revelava uma certa desatualização. A novidade era a relação de diferencial distinta da utilizada pelo PUMA no passado, ela foi alongada de 3,07:1 para 2,73:1 como nos OPALA da época, sua aceleração 0 a 100 km/h era de 10,8s, velocidade máxima era de 171,4 km/h As suspensões se mantiveram as mesmas somente mudando a calibragem das Molas e dos amortecedores pressurizados
Não se tem idéia de quantos modelos foram fabricados entre 1.986 e 1.987, e nem do carro que apareceu na reportagem da revista Quatro Rodas de 1.986 como uma tentativa de relançamento do modelo, mas não passou de uma tentativa no ano seguinte a fábrica da Araucária fora novamente vendida para outro empresário de Curitiba, pelos números e PUMAS documentados a extimativa é que aproximadamente 1000 unidades foram produzidas.

1.980 PUMA GTB/S2 


Dianteira agressiva lembrando do Dodge Challenger 


Linhas mais suaves....


O mesmo Motor Chevrolet 6 Cilindros em Linha 250-S com 171 cv aqui com a sua cor original.


Painel Completo com volante estilo Moto-Lita fabricado Pela Panther.


Bancos em Couro


Traseira mais limpa usando lanternas da VW Brasilia.


PUMA AMV 4.1

A Terceira e última geração do PUMA GTB foi marcada pela paixão pela marca, o empresário Nívio de Lima que trabalhava nas férias paulistanas no auge da marca, realizou o sonho que na sua juventude era Distante. Acabou depois de anos após se consolidar como empresário do setor de autopeças realizou seu sonho radicalmente comprou a PUMA por um Milhão de Dólares, recomeçou a produção e destinou o primeiro carro para ele mesmo.

O Primeiro PUMA AMV 4.1... Com a saia que chamamos de Limpa Trilho


Catálogo da época.


Verso


1.989 PUMA AMV 4.1 a 1 geração...


Painel já com o Ar-condicionado embutido no painel...


Como a maioria dos esportivos dos anos 90...Bancos RECARO. Além disso o AMV poderia ter outras cores de interior como Azul e Caramelo.


Motor 6 Cilindros 4.1/S Sua cor Correta é Cinza.


Traseira...


A Marca que estava desativada desde 1.986 após a última tentativa de tentar reerguê-la feita pela Araucária S/A de Curitiba, esta não deu certo pois a empresa esbarrou numa dívida da PUMA Indústria de Veículos com a Volkswagen do Brasil. Mas Nívio assumiu o seu sonho com os pés no chão, trabalhou oito meses em silêncio investindo outro milhão de Dólares numa montadora na Cidade Industrial de Curitiba e em modificações estéticas e melhorias mecânicas na versão mais potente o GTB, para se garantir Nívio negociou com uma revendedora dos EUA o Fornecimento de 318 PUMA AMV 4.1 em um ano, porém não se sabe se realmente estes AMV foram exportados. O PUMA AMV era na realidade uma reestilização do PUMA GTB/S2, tendo apenas a dianteira e traseira modificadas com relação ao modelo anterior, já no interior as principais melhorias foram os "novos" Bancos RECARO com revestimento em couro o novo desenho do painel de instrumentos semi-envolvente, Ar-condicionado ( Quente-Frio ) embutido no Painel de instrumentos, barra estabilizadora Panhardt, os freios ficaram mais seguros com a adoção de uma válvula equalizadora ,as rodas de liga leve eram as mesas utilizadas nos ítimos anos do GTB/S2, utilizando pneus 205/60, direção hidráulica, comando elétrico dos vidros, rádio toca-fitas digital com antena elétrica, o desempenho do PUMA AMV, era 0 a 100km/h 11,8s chegou a 183,98 Km/h contra 171,4 Km/h do último PUMA GTB/S2 produzido pela Araucária S/A, manteve a mesma aceleração de 0-100 Km/h na marca de 10,84 segundos , demorou menos nas retomadas de velocidade 18,03 segundos para ir de 40 Km/h a 120 Km/h por exemplo contra 22,19 do GTB/S2 da Araucária S/A. 

Propaganda de época em Revistas especializadas


Em 1990/1991 o PUMA AMV 4.1 sofreu algumas modificações estéticas. A dianteira passou a ser pintada na cor do carro e os para-choques. O Spolier dianteiro foi modificado adotando faróis de milha da linha gol e novas rodas com calotas escondendo os parafusos. O tradicional volante estilo moto-lita também foi substituído por um de 4 Raios mais moderno. Porém o destino da terceira geração estava traçado. Com o falecimento de Nívio de Lima em um acidente de carro e a abertura das importações pelo governo Collor de Mello, estimulou a entrada de esportivos importados mais bem planejados e com performance mais apurada, este fato selou o destino da divisão de esportivos da Alfa Metais, que continuou produzindo caminhões Leves até aproximadamente 1.998 na cidade Industrial de Curitiba deixando vários fãs da marca órfãos novamente sem dados oficiais de quantos AMV 4.1 Foram produzidos. 

Foto de época AMV 4.1 Nova saia dianteira pintada na cor do carro, com faróis de milha da familia GOL e novas Rodas


Modificações na Dianteira...


Motor 4.1/S na cor Cinza correta dos motores a Gasolina.


E na Traseira pintura da parte inferior do para-choque.


As novas e Rarissimas rodas...


as três gerações do Muscle Car Made in Brazil.


Uma atual do Brinquedo 1:1 1.978 PUMA 4.1 GTB

Obs as Rodas Originais do PUMA GTB eram 14x7 com pneus 205/70 na dianteira e 14x8 215/70 (tenho o Jogo original guardado )
O meu está com rodas fabricadas pela RM Rodas 15x7 215/60 e 15x10 295/50

Nenhum comentário:

Postar um comentário