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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

CHEVROLET MONZA (BELEZA,LUXO, POTÊNCIA)



Era início dos anos 80, a indústria nacional de veículos estava aquecida, e algumas montadoras faziam sucesso com alguns dos seus lançamentos. E entre as montadoras de longa data, o segmento de sedans de classe média, era dominado pela Ford, com o Del Rey, que tinha enorme sucesso já no seu primeiro ano de lançamento, em 1981.

A Chevrolet como grande concorrente da Ford na época, não tinha um sedan médio, atuava com o básico Chevette, e com o sedan de luxo Opala. Para bater de frente com a Ford, a montadora lançou o Monza em 1982, que inicialmente caiu na casa dos sedans de luxo, mas com um preço acessível, aerodinâmica de fazer inveja a muitos veículos, colocou o então supercampeão de vendas Del Rey no bolso, interrompendo uma série de sucesso da Ford, que até tentou recuperar o posto, atualizando as versões do Del Rey, oferecendo câmbio automático, entre outras opções.

Foram nove anos soberanos e cinco anos em fase de transição para sair de linha, porém continuou dominando a classe dos veículos sedans médios, foi considerado o queridinho do Brasil, eleito o carro do ano três vezes (1983, 1987 e 1988), durante três anos consecutivos foi o carro mais vendido no país (1984, 1985 e 1986), sua produção total foi de 857.810 unidades. A aposentadoria doMonza iniciou em 1991, mesmo com uma versão mais atualizada, e o sucesso dos anos 80, o veículo começou a perder espaço na fase de expansão do mercado capitalista interno, quando chegaram os veículos importados.

O substituto de fato do Monza, foi o Vectra, que na sua primeira versão ainda convivia tranquilamente com o queridinho do Brasil, que já acabara de perder um dos seus parceiros dos dourados anos 80, o Opala Diplomata, que cedeu espaço para o Omega. A aposentadoria oficial do Monza aconteceu em 1996, com a atualização do Vectra, fechando um ciclo de sucesso do veículo da família brasileira
Variações de modelos do Monza

O primeiro lançamento do modelo do Monza aconteceu no ano de 1982, foi o Hatch, com motor 1.6, era um veículo econômico, mas de pouco rendimento em sua performance, e assim ganhou algumas críticas, e logo em seguida ganhou um motor novo e de bom porte 1.8. Em 1983, para abalar as estruturas, enfim foi lançado o sedan, de quatro e duas portas, que foram sucessos de vendas, sendo a versão de duas portas, a mais vendida.

No mesmo período, foi lançada a versão esportiva do Monza Hatch, que não só fez frente com o Del Rey, como bateu de frente com oGol 1.6 e o Passat. A produção do esportivo foi até 1988. Em 1987, uma nova atualização trouxe ainda mais potência para o Monza, a versão Classic chegou com um motor 2.0; combinando a elegância do veículo, e a alta performance que se conseguia obter, principalmente em rodovias.


Monza Hatch



Monza hatch SR:

           Propaganda do Monza Classic


A primeira linha com injeção eletrônica saiu em 1989, com o modelo 500EF, apesar de os aparatos necessários para ter o veículo nessa capacidade, ainda não apresentavam condições, como é o caso do sistema jetronic da Bosch, que na época era analógico. Por conta desses desencontros, esse modelo que era uma série especial em homenagem à Emerson Fittipaldi, não teve tanta aceitação de mercado. Nesse mesmo ano, foram exportados para a Venezuela, modelos esportivos S/R, com câmbio automático.

Em 1991, com a abertura das importações, e buscando sobreviver em tempos de altas concorrências, a Chevrolet resolveu apresentar um novo design externo, que passou à ser chamado pelos seus proprietário de Monza Tubarão. Se por fora a mudança foi geral, por dentro sofreu poucas modificações (opção de mudança eram as cores do acabamento), e foi praticamente com os mesmos designs internos, do seu lançamento à aposentadoria. O motor, dessa vez, apresentava a evolução das tecnologias da época, adicionando e não gerando dúvidas com relação à injeção eletrônica de alta performance.





Com a evolução da série Tubarão, que em 1992 chegou com a versão Hi-Tech, que incluía freio ABS e painel eletrônico, a versãoClassic começava a aposentar a linha, parando em definitivo no ano de 1993. O Monza foi o primeiro veículo com injeção eletrônica que foi abastecido com álcool, e que teve rendimento dos seus 116 c.v., o que para época era um grande mito, já que a gasolina reinava em performance, e o álcool era visto com desconfiança. Já no fim de seu ciclo, em meados de 1996, os motores do Monza que apresentavam alto rendimento, começaram à ser cedidos para o Kadett Sport. Com a produção oficialmente encerrada, algumas unidades passaram a ficar encalhadas nas concessionárias. No ano 1997, era possível achar modelos 0 km, que algum tempo depois foram desencalhadas nos países vizinhos do Brasil, como, Argentina, Chile e Uruguai.
Algumas curiosidades sobre o Monza

O Monza se tornou um veículo bastante querido entre os consumidores brasileiros e mesmo agora mais de 10 anos fora da linha de produção, ainda existem vários consumidores que sonham em adquirir uma unidade do modelo. Algo que poucos consumidores brasileiros sabem, é que o modelo recebeu uma versão especial com câmbio automático, essa versão quase não foi comentada pela empresa dentro do mercado nacional, mesmo porque não era de interesse da Chevrolet apresentar essa versão aos consumidores brasileiros, mesmo porque o modelo já atuava na versão de luxo e seu público alvo teria maior dificuldade em adquirir devido ao aumento de valor.

Na época do Monza, a Chevrolet já oferecia a opção de injeção eletrônica, sendo um equipamento opcional, onde os consumidores brasileiros poderiam incluir em seu modelo.

Com esse sistema de injeção eletrônica, o modelo foi lançado com uma versão totalmente a álcool, sendo o primeiro modelo no mercado nacional a utilizar o sistema de injeção eletrônica e oferecer um motor que trabalhasse somente com álcool, esse motor rendia a média de 116 cavalos de potência, sendo uma potência bastante razoável, levando em consideração que era um sistema que ainda não era utilizado e também era uma ótima potência para disputar mercado em seu segmento.

O sucesso de seu motor a álcool com injeção eletrônica foi tão grande, que a marca voltou a utilizar o mesmo motor durante o ano de 1996, quando equipou o Kadett também com esse motor.

Em 1993, rumores afirmavam que o Monza sairia de linha, mesmo porque o Vectra que seria seu substituto natural já tinha sua primeira versão apresentada dentro do mercado nacional, porém esse lançamento foi um total fracasso, nem mesmo a Chevrolet acreditou que o modelo seria tão ignorado pelos consumidores brasileiros como realmente aconteceu, com isso o Monza ainda mantendo seu fluxo de vendas, conseguiu se manter mais alguns anos dentro do mercado nacional. Além disso, a Chevrolet informou que o Monza contava com um bom número de vendas, mesmo perto de sua aposentadoria, porém a marca decidiu tirar o modelo de linha, justamente para trazer novidades aos consumidores brasileiros, pois o nome Monza já tinha sido utilizado a mais de 14 anos.

O Monza disputava mercado com vários modelos dentro do Brasil, porém a rivalidade ficava principalmente entre o Volkswagen Santana, cuja a marca alemã já tinha declarado guerra entre os dois modelos dentro do país. Porém, o Santana ficou vivo dentro do mercado nacional durante 22 anos, já o Monza ficou apenas 14 anos à venda aqui no Brasil, mesmo com essa diferença de oito anos, o Monzaconseguiu vender 200 mil unidades a mais do que o modelo da Volkswagen, o que prova a grande popularidade do modelo, que chegou a ser o veículo mais vendido do país, ficando a frente de alguns populares, como no caso do Gol.

Diferente de outros modelos que eram oferecidos na época, a Chevrolet oferecia o Monza com várias cores em seu acabamento interno, essas cores poderiam ser escolhidas pelo próprio consumidor e isso acabou chamando muito a atenção, principalmente para os mais exigentes.

Outra prova de sua grande popularidade é referente a uma comunidade online, o Clube do Monza, primeiro Clube online criado para um veículo. Mesmo com vários anos fora da linha de produção, o Monza principalmente em sua versão Tubarão, ainda é muito apreciada pelos consumidores brasileiros e vários desses consumidores afirmam que esse é um dos modelos mais belos criados até hoje, mesmo com vários veículos que contam com desenho diferenciado e itens de tecnologia bem diferentes da época onde o Monza era líder de vendas no mercado brasileiro.

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